sábado, 9 de maio de 2009

Cada vez menos saudoso da Lexicon 80



Toda vez que eu começo um blog (e já pude fazer isso umas cinco vezes nos últimos cinco anos), eu gosto de marcar o primeiro post com uma pequena introdução explicativa-afetiva. Este blog nasceu como um exercício determinado pelo curso de Jornalismo 2.0, do Knigth Center, o centro de estudos de jornalismo da Universidade do Texas. O blog terá anotações de aula e outras informações que eu puder considerar importantes para compartilhar com os leitores sobre os mistérios do jornalismo digital, que para mim ainda é uma janela semicerrada por causa das dificuldades naturais de um jornalista jurássico e migrante no mundo digital. Jornalista profissional desde 1981, eu comecei a trabalhar na época da máquina de escrever. E, hoje um tanto constrangido, confesso que resisti à chegada do computador, como substituto da minha velha e boa Olivetti Lexicon 80 (na foto acima). A tal ponto que, na época, fiz uma máscara de grafite com uma máquina e sai pintando os muros do meu bairro. Eu sou um romântico que achava que sentiria falta do estalar das teclas da máquina de escrever, que sempre povoaram meu imaginário de fervor jornalístico e ideias de "parem as máquinas" para se dar a notícia mais quente. Em março do ano passado caiu a ficha. Escrevi no meu blog Repórter de Crime que todo cidadão alfabetizado deve ter um blog. Este ano a máquina virou meu ícone no Twitter associado ao blog, depois de saber pela primeira vez sobre o microblog, numa palestra dada pelo professor Rosental Calmon Alves, para funcionários do jornal O Globo, onde sou editor-adjunto de Rio.


Meu primeiro contato com o Knight Center foi após a morte do jornalista Tim Lopes - torturado e executado por traficantes da Favela Vila Cruzeiro, no Rio, em 2002. Eu participei da Comissão Tim Lopes, que cobrou das autoridades rapidez na investigação do caso e punição dos assassinos. Na época, o centro de jornalismo, representado por Rosental, se uniu aos jornalistas do Rio na luta pela proteção dos profissionais e acabou sendo um dos protagonistas do nascimento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, da qual sou um dos fundadores.

11 comentários:

  1. Jorge,
    Gostei muito de receber seu comentário e agora vou te acompanhar... Gostei de saber um pouco sobre sua trajetória e acho que podemos aprender muito juntos, no curso e nos blogs, sobre essas maravilhosas novas tecnologias.
    Um abraço!
    Fernanda França.
    www.mardejornalismo.wordpress.com

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  2. Com certeza, Fernanda. Acho que todos nós dessa turma estamos diante de uma chance única ou pelo menos raríssima: de criarmos uma lista permanente de discussão sobre jornalismo digital.
    Grande abraço
    Jorge

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  3. Olha, ainda estou tensa com essa coisa de blog, twitter, etc.. Minha interatividade na web não passava de responder os scraps dos meus amigos no orkut. !!! rsrs.. Adorei seu blog! gde abraço!

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  4. A tensão é absolutamente normal. Aliás vc me deu a ideia do próximo post: como interagir com os leitores. Vou contar minha experiência no blog Repórter de Crime.

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  5. Boa, Jorge. Também comecei com máquina de escrever, fiz até curso de datilografia com uma simpatissímia senhora chamada Dona Leopoldina (bons tempos) e também acompanhei a chegada do computador, sem resistências, é bem verdade.
    Sou um defensor de tecnologias, na verdade, um quase fanático por gadgets. Só acho que eles devem ser usados com parcimônia. Como tudo na vida, aliás. Abs e vamos em frente.

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  6. Onde se lê simpatissímia leia-se simpática, evidentemente.

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  7. Jorge, se eu sou um blogueiro profissional, o que dizer de voce, que abriu as portas deste ramo jornalistico na area de seguranca? Creio que temos muito o que aproveitar, nas novas tecnologias. Aprendo isso todos os dias, como reporter 3G do jornal Extra. Parabens pelo trabalho e sucesso sempre. NOTA: Desculpe por meu teclado sem acentos e sinais graficos...)

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  8. Grande Pessoa,
    Já que estamos num curso de jornalismo web 2.0 gostaria de lamentar esse sistema de resposta, desses blogs semiprontos, que computam a minha resposta como um comentário. Nos blogs do site do GLOBO a minha resposta aparece imediatamente abaixo do comentário do leitor em questão. O que vc acha disso? O que eu gostaria de saber é se realmente estou usando certo isso aqui ou eles não fizeram um sistema mais aprimorado.
    abs
    Jorge

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  9. Caro Fernando,
    O que um repórter 3G tem que o 1G não tem? rs Brincadeirinha.
    abração e obrigado pelas honrarias.

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  10. Tchê, também sou tua colega de curso e adorei este teu recado para quem ainda não caiu a ficha. Muitos jornalistas continuam resistindo aos novos recursos que estão disponíveis.
    Então, parabéns pela tua iniciativa de fazer acontecer!
    Vou te acompanhar no Twitter tbm :)
    Grande abraço!

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