segunda-feira, 11 de maio de 2009

Blog é reprovado pelo gerador de receitas do Google

Mal comecei um novo blog e já fui reprovado...pelo gerador de receitas do Google. Sou blogueiro desde 2005, mas ainda não havia testado o mecanismo de receita publicitária do Google, que faz a alegria de alguns internautas com blogs e sites na internet. Com esse novo blog, fui tentar faturar algum para saber se realmente esse negócio de blog dá dinheiro.

Como se sabe, a Google Inc. está difundindo essa ideia de ganhar dinheiro com blogs e os blogueiros enchem suas mídias de anúncios de tudo que é tipo, dificultando bastante a leitura e a visualização dos textos. Apesar disso, quis conquistar meu quinhão.

Dei todos os meus dados, CPF e o escambau, correndo o risco de oferecê-los a algum hacker do mal. Mas neca de pitibiriba. Recebi um redondo "não" da poderosa Google, alegando que o blog Cadernos de Jornalismo Digital ainda está em fase inicial e sem conteúdo suficiente. Que injustiça!

Acaba de ir para o ralo, portanto, minha única chance de ficar rico com blogs. Por enquanto. Vou registrar o título do blog em algum provedor pago e esperar para a Microsoft me convidar para hospedá-lo a peso de ouro.

E ainda dizem que esse é o futuro do jornalismo. Será mesmo? De qualquer forma, a tecnologia avança nessa direção. Hoje soube de um equipamento que permite leitura melhor de textos como livros, um tal de Kindle DX. Jornais americanos como o New York Times e o Washington Post já estão fazendo parceria com a empresa dona da tecnologia para oferecer conteúdo de seus impressos, acessível a alguns toques.

sábado, 9 de maio de 2009

Cada vez menos saudoso da Lexicon 80



Toda vez que eu começo um blog (e já pude fazer isso umas cinco vezes nos últimos cinco anos), eu gosto de marcar o primeiro post com uma pequena introdução explicativa-afetiva. Este blog nasceu como um exercício determinado pelo curso de Jornalismo 2.0, do Knigth Center, o centro de estudos de jornalismo da Universidade do Texas. O blog terá anotações de aula e outras informações que eu puder considerar importantes para compartilhar com os leitores sobre os mistérios do jornalismo digital, que para mim ainda é uma janela semicerrada por causa das dificuldades naturais de um jornalista jurássico e migrante no mundo digital. Jornalista profissional desde 1981, eu comecei a trabalhar na época da máquina de escrever. E, hoje um tanto constrangido, confesso que resisti à chegada do computador, como substituto da minha velha e boa Olivetti Lexicon 80 (na foto acima). A tal ponto que, na época, fiz uma máscara de grafite com uma máquina e sai pintando os muros do meu bairro. Eu sou um romântico que achava que sentiria falta do estalar das teclas da máquina de escrever, que sempre povoaram meu imaginário de fervor jornalístico e ideias de "parem as máquinas" para se dar a notícia mais quente. Em março do ano passado caiu a ficha. Escrevi no meu blog Repórter de Crime que todo cidadão alfabetizado deve ter um blog. Este ano a máquina virou meu ícone no Twitter associado ao blog, depois de saber pela primeira vez sobre o microblog, numa palestra dada pelo professor Rosental Calmon Alves, para funcionários do jornal O Globo, onde sou editor-adjunto de Rio.


Meu primeiro contato com o Knight Center foi após a morte do jornalista Tim Lopes - torturado e executado por traficantes da Favela Vila Cruzeiro, no Rio, em 2002. Eu participei da Comissão Tim Lopes, que cobrou das autoridades rapidez na investigação do caso e punição dos assassinos. Na época, o centro de jornalismo, representado por Rosental, se uniu aos jornalistas do Rio na luta pela proteção dos profissionais e acabou sendo um dos protagonistas do nascimento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, da qual sou um dos fundadores.